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Spider Man 3[tópico oficial]

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Spider Man 3[tópico oficial] Empty Spider Man 3[tópico oficial]

Mensagem por R.afael Sáb Out 25, 2008 7:42 am

A história se repete. "Spider-Man 3" não deixa dúvidas que é um jogo baseado em um filme - não apenas porque o título é o mesmo do "blockbuster" mais caro já feito até hoje, mas também pela qualidade ruim. Também não ajuda o fato de o PlayStation 2 já estar quase indo para o museu e não ser mais o centro das atenções dos fabricantes.

Esta edição tenta repetir a mesma experiência das versões de nova geração (Xbox 360 e PlayStation 3), mas é uma conversão forçada e, no final das contas, resulta numa cópia capada de seus irmãos mais sofisticados. Nada no game lembra o requinte do luxuoso filme; pelo contrário, é tudo muito tosco, com nível de filme B, mas sem seu espírito e a aura.

Ele é forte, mas apanha

Assim como os episódios antecessores, "Spider-Man 3" é um jogo de ação e exploração que acontece em mapas enormes, no caso, a ilha de Manhattan. É uma subdivisão do estilo "Grand Theft Auto", com a diferença que o protagonista é um super-herói, e, portanto, com poderes sobre-humanos.

Mas pior que ser similar, o presente título parece ter voltado para trás, tamanha a falta de esmero. É visível que não houve tempo suficiente para produzi-lo de forma satisfatória. A impressão que se tem é que foi pego o molde dos anteriores e apenas colocado novas missões de acordo com o terceiro episódio dos cinemas.

Enfim, se você já viu um dos títulos precedentes, não terá dificuldade para sair jogando, pois os controles são tecnicamente idênticos. Não que haja muitas atrações para querer retomar as aventuras do super-herói. A edição para PlayStation 2 traz vilões a mais, como Morbius e Lizard.

Pifou o sensor aranha

O controle do protagonista envolve dois tipos de ataques, saltos, arremesso de teia e o poder de grudar em paredes e tetos. Muitos desses movimentos evoluem com o passar do tempo, pois você pode dedicar pontos de experiência num diagrama que lembra uma teia. Os grupos de movimentos vão sendo liberados conforme sua progressão na história e suas ramificações, ao injetar-lhes experiência.

É uma maneira inteligente de fazer o jogador aprender aos poucos, apesar de o sistema não ser nada original. O problema é que os comandos estão tão ou mais travados que antes. As cenas de luta dos antecessores já não eram grande coisa, e isso se repete mais uma vez. Não há fluência nos movimentos e nos controles. No final, os combates são uma repetição ad infinitum de um esquema que o jogador encontrar de melhor entre os golpes disponíveis. No início, os golpes depois da esquiva são uma boa opção.

Nem mesmo o sobrevôo pela cidade usando as teias está satisfatório desta vez. Primeiro, pelo fato de os controles, como dito, estarem menos fluidos. E, depois, há muito menos motivos para explorar a cidade, pois a quantidade de itens e missões está reduzida. Isso não acrescentava muita aos antecessores, mas ao menos era uma coisa para fazer, uma opção. Também, não é raro ficar desorientado com as piruetas e acrobacias do aracnídeo, que acarretam em movimentos malucos de câmera.

Pense rápido!

O jogo está mais linear. As 24 missões principais aparecem em ícones e não é raro não haver mais de um para escolher. Os objetivos alternativos aparecem tanto dentro da linha de progressão como em locais específicos na cidade. Tudo começa ao conversar com pessoas que estão marcadas com uma luz verde (que, por sinal, é quase sempre o mesmo "boneco").

As missões, mesmo as essenciais, carecem de imaginação. Intercalam brigas com bandidos pés-de-chinelo, salvamento de inocentes, desarmamento de bombas e afins. E, de vez em quando, lutas contra chefes e combates em situações especiais, em que requerem ações específicas. Quase sempre, há uma sessão de "quick time events", de apertar rapidamente o mesmo botão exibido na tela. Se o sistema é o mesmo de "God of War", a execução está a uma distância da Grécia até Nova York. Em "Spider-Man 3", essas animações são pífias, com coreografias e trabalho de câmera sem inspiração. Enfim, uma péssima direção de cena.

Uma das poucas novidades do game é que o usuário pode colocar o uniforme negro quando quiser. Isso aumenta os poderes do Homem-Aranha, mas, com o tempo, vai consumindo energia. Para tirar a roupa é preciso fazer eventos de reflexo cada vez mais longos. A adição para a diversão é muito pequena.

Cidade de papelão

O visual do game é tosco e parece ter ficado pior que os antecessores. A cidade está enorme e tem carregamento de dados, o que é bom, mas o desenho dos prédios, por exemplo, é totalmente genérico e quadrado. Os personagens também são mal feitos, inclusive os principais, que supostamente deveriam ser reprodução dos atores do filme.

A cidade não tem o menor sinal de vida. Não que esteja deserta, mas todo o trânsito e pedestres tem uma única programação: andar para frente. Pode estar acontecendo a maior tragédia do mundo, mas ninguém parece ligar. O fluxo de tela é razoável na maior parte do tempo, mas está longe do ideal. E objetos e texturas costumam aparecer de repente.

A trilha sonora, pouco explorada, é semelhante a do filme. Há mais atores do longa-metragem fazendo as vozes de seus personagens no jogo, mas isso não resultou num bom trabalho de dublagem. Muitas vezes, há falhas de programação: os personagens acabam falando uma frase fora de hora, ficando sem sentido.
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